Isabelle, Blanche, Valeria e o amor em estado de graça

(...) Estado de graça é também aquilo que Valeria Bruni Tedeschi, aqui por trás da câmara, consegue registar em Une Jeune Fille de 90 ans (fora de concurso), documentário que a actriz e realizadora co-dirigiu com o seu director de casting habitual, Yann Coridian. É o estado de graça a que as visitas do coreógrafo Thierry Thieu Niang leva Blanche Moreau, 92 anos, uma das internadas no serviço de geriatria do hospital Charles Foix de Ivry. Niang visita regularmente o hospital para exercícios de movimento que devolvem a estes idosos a dignidade e a humanidade que merecem e que muitas vezes se perde pelos corredores do hospital.

O coreógrafo não se limita a convidar os internados a dançar ou apenas a mover-se com ele ; fá-lo com uma genuinidade interessada não pela doença nem pelas limitações mas sim pelas pessoas que eles são e pela vida que levaram. Trata-os sempre à altura de homem, olhos nos olhos, e é esse olhar sem condescendência nem piedade, que procura encontrar a verdade que está escondida ali por trás, que Bruni Tedeschi e Coridian registam. Une Jeune Fille de 90 ans é um filme que, mais do que olhar, vê as pessoas que filma, tem amor por elas e partilha esse amor connosco - concentrando-se no caso específico da « menina de 90 anos » do título, Blanche, que a presença e o incentivo de Niang levam da apatia mais completa ao tal « estado de graça ». Blanche, ela própria, diz-se apaixonada pelo coreógrafo que a fez « sair da casca ». É porque não ? Já não há espaço nem tempo para o ridículo aos 90 anos. É esse o mérito maior deste documentário que não inventa nem reinventa nada e se limita a contar uma história : nada do que aqui se vê é ridículo porque - já dizia o outro - o amor é tudo.

Jorge Mourinha - Publico - 7 agosto 2016

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